terça-feira, 25 de novembro de 2008

Vida

E a vida, o que é?
Um ser que respira. Um sonho. Um mistério.
Fenômeno que anima a matéria.
Ou como diz a canção, é a batida de um coração.
É bonita.
Diga agora meu irmão, que valor essa vida tem!
Vale os dois reais que o "cara" do ônibus não tinha para dar.
Vale o medo da mãe que não quis assumir a gravidez inesperada.
Vale o "não insuportável" que o namorado não conseguiu aceitar.
Vale um tênis, um celular, uma vaga no estacionamento.
Essa vida, meu irmão, não vale nada.
Pode ser levada por um desocupado que queria ocupar seu tempo "brincando" de polícia e bandido.
Estudar para ter uma profissão e um futuro melhor pode vir a ser o motivo que "alguém" encontrou para lhe tirar o direito de curtir os benefícios desta escolha.
Egoísmo. Inveja. Vingança. Doença. Desigualdade social.
Sempre tem um motivo "justificável" para pôr fim a uma vida.
As pessoas hoje são tidas como meros figurantes da vida real.
A qualquer momento podem desaparecer depois de um tiro perdido, ser alvo do incoformismo, vítima do desequilíbrio ou parte de um plano que deu errado. E daí? Assim como nos filmes, os figurantes entram e saem de cena sem que ninguém da platéia sinta falta. A única coisa que importa é a história principal, a história em que o telespectador é o próprio protagonista.
Esta vida, meu irmão, que um dia ouviu-se dizer que não tinha dinheiro que comprasse, hoje ela pode ser perdida de graça.
Estamos em guerra!
Mas já não guerreamos para defender a nossa pátria. O importante agora é nos defender.
Se um dia lutamos para proteger os nossos iguais, hoje a luta é para nos proteger destes iguais, que caçam e matam por qualquer motivo. Ou melhor, sem motivo algum.
A vida, meu irmão, continua bonita. A batida do coração é que já não é como antes.
É uma doce ilusão. É sorte. Lamento.