sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Esperança Renovada

Regina era uma jovem bonita e simpática. Sempre com um sorriso no rosto, não tinha vergonha de mostrar a felicidade que sentia em sua vida simples e agitada. Todos os dias, ela voltava do trabalho pensando em sua rotina, suas paixões e sonhando com o futuro.

Nada de sonhos impossíveis. Queria uma vida feliz ao lado de uma família, com marido, filhos e netos. Ficava imaginando um domingo na casa dos pais, viagens aventureiras nos feriados prolongados, uma casa simples e organizada. Mas acima de tudo, Regina queria uma vida com saúde e sentimentos sinceros.

Desde pequena, aprendera a conversar com Deus. Em silêncio. E fazia isso todos os dias, principalmente quando estava sozinha. Falava com intimidade, contava seus planos para o dia, os desejos do seu coração e até desejava bom-dia, boa-tarde e boa noite. Quando lhe acontecia algo inusitado, olhava para cima, sorrindo, e dizia: Viu, meu Deus, como eu lido com essa situação?
E era essa fé que impulsionava a sua vida.

E sempre pensava neste Deus como se fosse apenas dela. Ela bem sabia que isso não era verdade, mas quando ouvia os jornais ou lia em uma revista tantas coisas horríveis acontecendo, pensava consigo mesmo: Isso tudo acontece por que as pessoas não querem saber de Deus! Ela tinha certeza que, se todos tivessem a mesma crença que ela, nada de ruim aconteceria neste mundo tão violento e cheio de maldade.

Em uma quinta-feira que parecia normal como tantas outras, Regina voltava para casa no fim do dia. Entrou no ônibus das 18h, lotado. A maioria das pessoas nem lhe olhava nos olhos e, as que ainda levantavam o rosto, apenas lhe atiravam um olhar fatigado e bastante stressado.

Ela procurou o lugar mais folgado para encostar e lá ficou, escutando a rádio que tocava uma música internacional no celular e tentando buscar as coisas boas que tinham lhe acontecido ao longo do dia. Assim, ela não pensava em coisas ruins e fingia que não percebia as pessoas que passavam, no corredor do ônibus, empurrando sem pedir desculpas e levando sua bolsa até a terceira cadeira da esquerda.

De repente, vindo de algum lugar lá da frente, uma voz alta. Melhor, uma voz gritando, pedindo a atenção de todos. Era um rapaz magro, baixo, aparentando ter uns 26 anos. A aliança na mão esquerda mostrava que já era um chefe de família. Sorriso pequeno, mas de voz forte e altiva, começou a falar de Deus sem medo, sem vergonha e com muita paixão em suas palavras. Não se preocupou, nem por um minuto, se alguém ali queria escutar o que ele ia dizer, a sua missão era falar, falar e falar.

Regina, do seu canto, nada falou. Tirou o fone do ouvido para escutar aquele rapaz. No início, mais por respeito que por interesse em saber do que se tratava. Alguns minutos depois, já não conseguia tirar os olhos dele, mas não por causa do conteúdo de sua fala, mas simplesmente por sua coragem em falar.

Ali, no meio de tanta gente, a maioria nem um pouco preocupado com suas crenças, outros reclamando em voz baixa; houve quem comentasse que era algo bom que ele fazia, mas achava inconveniente; poucos lhe olhavam nos olhos e sacudia a cabeça, concordando com suas palavras.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Esperança Renovada - Continuação

Tempo depois, do outro lado do ônibus, uma garota. Sentada em uma cadeira alta, pediu licença para também se apresentar e olhou diretamente para o rapaz que, agora todos já sabiam, chamava-se Abraão. Ela disse que Deus a pediu para ler um versículo naquele momento e, com a Bíblia em suas mãos, começou a pronunciar algum livro do Novo Testamento.

Aquilo foi demais para Regina. Ela sorria e pensava se aquilo estava acontecendo mesmo, pois não se lembrava de já ter vivido algo parecido. Ela sempre ouvia histórias de assalto em ônibus e, bem sabia, que algum dia podia acontecer quando ela estivesse indo ou voltando para o local de trabalho. Ouvia também histórias de bêbados loucos, casais que se desentendiam, cobradores que brigavam com passageiros, mas... aquilo? As pessoas falando de Deus, falando naturalmente de Deus? Nem parecia verdade.

Por um instante, teve medo que pensassem que aquele sorriso que lhe escapava fosse por ironia, mas não conseguia conter. Era uma mistura de surpresa e felicidade. Regina ia poder contar uma história boa quando chegasse em casa e, melhor, após um dia tão cansativo, teve a oportunidade de viver um momento de concentração espiritual por alguns minutos.

Era como se ela não estivesse em um ônibus, mas em uma Igreja. E lembrou-se do ditado que casava com aquela sensação: “Se Maomé não vai à montanha, a montanha vai à Maomé”. Perfeito!

Assim, ela permaneceu em silêncio por toda a viagem. Antes de o rapaz descer, ele fez uma oração e pediu que todos o acompanhassem. Regina apenas fechou os olhos. A viagem seguiu ainda por alguns minutos, mas já sem a discussão religiosa que fizera parte até aquele momento.

Então, ainda refletindo sobre o que acabara de presenciar, Regina se perguntou se ela teria reagido conforme a vontade de Deus. Será que Ele queria que ela também levantasse a mão, lesse algum capítulo da Bíblia, desse algum testemunho ou simplesmente olhasse nos olhos daquelas pessoas e agradecesse por aqueles instantes de reflexão?

Um sentimento de culpa lhe invadiu. E logo se foi. Ela percebeu que, na verdade, Deus só queria lhe mostrar que ainda existem pessoas que não perderam a fé, que o mundo ainda pode encontrar um caminho melhor para seguir e, o mais importante, que ainda existe gente estranha, que cruza o caminho das pessoas, apenas para fazer o bem.

Naquele dia, Regina voltou para casa como todos os outros dias. Mas com a esperança de um mundo melhor renovada. Como nunca imaginara possível.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Vida

E a vida, o que é?
Um ser que respira. Um sonho. Um mistério.
Fenômeno que anima a matéria.
Ou como diz a canção, é a batida de um coração.
É bonita.
Diga agora meu irmão, que valor essa vida tem!
Vale os dois reais que o "cara" do ônibus não tinha para dar.
Vale o medo da mãe que não quis assumir a gravidez inesperada.
Vale o "não insuportável" que o namorado não conseguiu aceitar.
Vale um tênis, um celular, uma vaga no estacionamento.
Essa vida, meu irmão, não vale nada.
Pode ser levada por um desocupado que queria ocupar seu tempo "brincando" de polícia e bandido.
Estudar para ter uma profissão e um futuro melhor pode vir a ser o motivo que "alguém" encontrou para lhe tirar o direito de curtir os benefícios desta escolha.
Egoísmo. Inveja. Vingança. Doença. Desigualdade social.
Sempre tem um motivo "justificável" para pôr fim a uma vida.
As pessoas hoje são tidas como meros figurantes da vida real.
A qualquer momento podem desaparecer depois de um tiro perdido, ser alvo do incoformismo, vítima do desequilíbrio ou parte de um plano que deu errado. E daí? Assim como nos filmes, os figurantes entram e saem de cena sem que ninguém da platéia sinta falta. A única coisa que importa é a história principal, a história em que o telespectador é o próprio protagonista.
Esta vida, meu irmão, que um dia ouviu-se dizer que não tinha dinheiro que comprasse, hoje ela pode ser perdida de graça.
Estamos em guerra!
Mas já não guerreamos para defender a nossa pátria. O importante agora é nos defender.
Se um dia lutamos para proteger os nossos iguais, hoje a luta é para nos proteger destes iguais, que caçam e matam por qualquer motivo. Ou melhor, sem motivo algum.
A vida, meu irmão, continua bonita. A batida do coração é que já não é como antes.
É uma doce ilusão. É sorte. Lamento.

domingo, 19 de outubro de 2008

Ser feliz é uma escolha

Uma vida, várias escolhas
Assim acontece com todas as pessoas
A todo o momento fazemos escolhas, decidimos um caminho
O prato do dia, a roupa para vestir, o que vamos fazer no minuto seguinte
Nós temos a opção de escolher as pessoas com quem vamos conviver
A carreira que queremos seguir
Nós escolhemos os nossos amigos
Optamos por nossos objetivos
Lutamos por nossos sonhos

Porém, a maior escolha que fazemos é a de ser feliz
E esta, talvez, seja a escolha mais difícil
Superar as dificuldades
Vencer os momentos difíceis
Acreditar no amanhã
Ser forte apesar de tudo

Às vezes olhamos para algumas pessoas e desejamos sentir a mesma felicidade
Mas quem foi que disse que na vida destas pessoas só acontecem coisas boas?
Ou será que elas nunca perderam um ente querido?
Nunca viram uma grande oportunidade de emprego sair de suas mãos?
Será que elas não têm contas a pagar? Será que tem dinheiro sobrando no Banco?
E aquele amor puro e verdadeiro, será que elas nunca viram um ir embora, ou mesmo, será que já o encontraram?
A verdade é que estas pessoas têm a mesma vida que todas as outras. A diferença está no modo como elas enfrentam os seus problemas, as adversidades da vida.

Ser feliz é um dom, é sabedoria
É cair sempre que preciso
Mas levantar em seguida e acreditar no amanhã
É saber que a tristeza faz parte da vida
Mas ela serve para que saibamos valorizar os dias de alegria
É ter certeza que muitas vezes a queda é inevitável
Mas com garra e determinação nós encontramos forças para levantar
É ver um relacionamento terminar ou procurar alguém especial a vida toda
Mas saber recomeçar sempre, dar uma nova chance a cada novo encontro
É chorar quando tiver vontade
Mas aprender a sorrir em todos os outros momentos
É perder uma vez
Mas ter a consciência que a gente perde hoje para ganhar amanhã
É estar alegre por que
E ser feliz apesar de


Ser feliz é uma escolha
Faça a sua!

domingo, 5 de outubro de 2008

Vendaval

Um vendaval
Chegou sem avisar
Levantou poeira
E se foi...

No iníco apenas uma brisa anunciava a sua chegada
Um vento calmo que balançava levemente a folha da roseira do jardim
Um tempo tranquilo que despertava um sorriso
Que passava assobiando suavemente só para dizer que estava ali
Como carinho de namorado, tal qual cuidado de irmão
Um vento frio que refrescava
Um vapor que aquecia

Até que, inesperadamente,
As folhas começaram a circular em pleno ar
Já não se sentia o chão
Uma mudança de clima
O inconstante
E aquele ventinho ficou mais rápido
Era a calmaria se transformando em tempestade
E tudo ao redor começou a sentir a passagem de uma louca ventania
Que passou carregando tudo
Arrastando o que encontrou pela frente
Explorou os terrenos, bagunçando vidas inteiras,
Trouxe emoção, foi adrenalina
Invadiu o espaço e me carregou em seus movimentos
Duas massas de ar girando em sentidos opostos
Que se cruzaram, encontraram-se e sentiram-se como dois amantes

Em meio àquela confusão, a razão
Sem pensar no futuro e nem perder a esperança
Já se sabia que era mais uma ação da natureza
Um fenômeno passageiro
Em breve iria embora da mesma forma que veio

E assim se fez
O vento forte acalmou
Já não se ouve mais o assobio
Já não se sente mais o vento frio
Por todo lado vestígios daquele vendaval
Que misturou sentimentos
Despertou sensações
E ficou no passado
Deixando por todo canto as lembranças
De um vendaval que passou nesta vida.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

O Encontro

Uma noite
Um encontro
Eu e você embriagados de desejo
Buscando um no outro o segredo mais íntimo e enérgico do nosso ser

Somos dois
Suas mãos desenham meu perfil
Seu sorriso ilumina meu pensamento
Um calor esquenta nossos corpos
E um olhar me atira na entrega deste momento

A lua, do seu lugar, completa o cenário
Nós, dominados, protagonizando um eclipse total
Descobrindo que amar pode ser mais que ternura
O abstrato transformado em sentimento real

Silêncio
Calamos-nos no meio de todo frisson
Apenas nossos corpos falam a linguagem de uma louca sensação
A melodia que nos faz balançar no mesmo ritmo
O resultado da entrega de uma paixão

Pele e suor misturados
Sem pudores e medos
Nós dois levados pelo fogo que nos invade
Eu e você
Envoltos de uma névoa de prazer

Somos um
Vivendo o êxtase deste encontro
A possessão de dois corpos que se descobrem
Comandados pelo instinto natural de dois amantes
Você, o homem que me faz mulher
Eu, entregue como nunca o fora antes.

sábado, 30 de agosto de 2008

Prostituta

Ela era uma menina de apenas sete anos. Cursava ainda a primeira série do ensino fundamental. Sentada em sua carteira, lia uma revista da Turma da Mônica, queria treinar para mostrar ao pai, quando chegasse a casa, o quanto estava aprendendo na escola. Era o momento do intervalo e, no meio dos gritos e correria da turma, Janaína estava concentrada apenas em sua leitura.
De repente, o menino de cabelos de fogo parou ao seu lado. Ela, sem fazer muito esforço, levantou a cabeça para percebê-lo. João tinha a mesma idade que Janaína e sempre fora o aluno danado da turma. Não fazia as lições, mexia com todos que cruzava e sempre esnobava a vida boa que tinha. Era um menino, mas já sabia ostentar sem nem mesmo saber o significado desta palavra.
Janaína estranhou seu jeito quieto, sem fazer nada e nem sair correndo com algo que lhe pertencia. Por alguns minutos ele só a olhou nos olhos. Depois, pausadamente, mostrando todos os arames que seus dentes carregavam, João pronunciou letra a letra:
_ P R O S T I T U T A!
Janaína permaneceu parada. Não tinha idéia o que seria aquele nome grande que João havia lhe pronunciado. Ele saiu correndo sem nem mesmo olhar para trás. Ela não conseguiu mais se concentrar na leitura.
Voltando para casa não pensava em outra coisa. O que seria prostituta? Por que João lhe falara aquela palavra? Por que justo para ela? Será que ele me fez um elogio? Nossa, como eu posso ser assim, nem agradeci! Agora ela lembrava de um filme que a fez chorar por todo o dia, “Meu primeiro amor”. nunca vira história mais bonita. E se tiver acontecendo comigo? Um sorriso surgiu em seus lábios, talvez a primeira vaidade de mulher que Janaína sentira.
Mas não desistira de descobrir o significado da palavra... hum, como é mesmo. Claro, ela anotara a palavra na revista que lia, sabia que ia precisar lembrar-se disso mais tarde.
A porta da sua casa estava sempre aberta. Todos os dias, quando chegava da escola, seu pai estava assistindo ao jornal do meio-dia e Janaína já sabia que não era hora para conversar. Mal podia dizer “oi”, passava pela sala como um raio e ia direto para seu quarto para não atrapalhar. Nessa hora, sem poder controlar seus pensamentos, pensou em sua mãe. Nossa, como ela faz falta nesses momentos! Sua mãe falecera há pouco mais de dois anos, mas Janaína lembrava de tudo nela. Linda, de cabelos longos e sorriso manso, sempre estava disposta a conversar, da maneira mais delicada e sincera que alguém já o tinha feito com ela. Mesmo sendo ainda uma menina, D. Rita, era assim o nome dela, a tratava como alguém importante, que já tinha uma vida e muitas coisas para contar. E pensou consigo mesma o quanto seria fácil perguntar a ela o que Janaina mais precisava saber naquele momento.
Alguns minutos depois seu pai lhe gritava e ela já sabia que era hora dos dois sentarem à mesa. Geralmente este ritual era realizado sem conversas, apenas ao som dos talheres. Mas os pensamentos de Janaína estavam a mil por hora, ela tinha que fazer alguma coisa para se livrar daquela dúvida. Durante todo o almoço ficou se perguntando se seria correto conversar com seu pai sobre isso.
O almoço acabou e ela, sobre um banco de três pernas e um avental na cintura, lavou toda a louça. Depois, foi em direção à sala, onde o pai estava de volta esparramado no sofá. Respirou fundo, tomou coragem, contou até três e falou sem parar:
- Pai, posso lhe fazer uma pergunta?
- Faz!
- É que hoje eu escutei uma palavra e queria saber o que é.
- Que palavra?
- Bem.. é.. prostituta!
O pai sentou no sofá e olhou no fundo dos olhos de Janaína. A expressão do seu rosto a assustou e ela sentiu vontade de desaparecer. Então, ele levantou devagar, foi em sua direção e, com o dedo indicador mexendo para cima e para baixo, falou num tom cruel:
- Menina, nunca mais repita esta palavra. Ela não faz parte do seu vocabulário, portanto esqueça que a ouviu. Agora vá para seu quarto estudar o que presta e nunca mais faça perguntas bestas como esta!
No mesmo instante ela obedeceu com lágrimas nos olhos. Não sabia exatamente o que lhe deixava mais triste. Seu pai a destratou por causa de uma simples pergunta e, o que é pior, não respondeu o que ela tanto queria ouvir. Mas algo talvez a estava deixando mais triste ainda naquele momento. Toda a sua alegria por imaginar o garoto de cabelos vermelhos lhe paquerando agora desaparecera. Ele, na verdade, falara algo terrível, a xingara com todas as letras sabe-se lá de quê.
Tomou verdadeiro repúdio por uma palavra que ela nem sabia o significado. Nos anos que se seguiram, Janaína ouviu outras pessoas a pronunciarem, mas não tinha mais coragem para perguntar a ninguém.
Hoje, passados quatorze anos, Janaína se lembra desta cena ainda com os mesmos sentimentos de outrora. Agora conhece muito bem o significado da palavra prostituta e dá graças a Deus por seu pai não ser mais vivo para saber disso. Pensando no passado, apenas uma dúvida ainda a perturba acerca de tudo isso. Aquele menino, de apenas sete anos, com corpo de ser humano e mente de capeta, naquele dia em que pronunciou aquela palavra para ela, olhando-a no fundo dos olhos... será que a sua intenção foi apenas fazer uma provocação ou ele leu em seus olhos o que o futuro lhe reservava? Bem, mas esta é uma dúvida que permanecerá com ela... para sempre.

domingo, 24 de agosto de 2008

Inspiração

É noite!
Posso sentir meu coração bater em meu peito
Ouço minha respiração neste silêncio que me envolve
Meus pensamentos recordam momentos que, hoje, são apenas lembranças
Um sentimento, uma saudade me acompanha

Procuro-te por toda parte
Em cada rosto posso ver traços teus
Queria estar contigo neste momento
E, neste silêncio, envolver os teus nos braços meus

Olho o céu... quantas estrelas!
A dama da noite ilumina a cidade
Minha mente vagueia, uma lágrima
O vento exala um clima de romance
Mas em meu viver agora falta uma metade

No meio do vazio sinto ainda mais a tua falta
Lembrando do nosso amor eu começo a escrever
É a Lua que me traz inspiração
E a certeza que um dia, novamente, seremos dois num só coração.

domingo, 10 de agosto de 2008

Minha Criança

Uma semente plantada com amor no ventre de uma mulher
E uma vida começa a ser gerada
Alegria e esperança são sentimentos que tomam conta da rotina
Nove longos meses agora conferidos dia a dia

A mamãe feliz se prepara para as mudanças
A barriga começa a crescer e os seios se aprontam para alimentar
O papai orgulhoso sorri à toa e com todos comenta
Novos planos para o futuro e um motivo a mais para sonhar

Ontem um sonho vivido a dois
Hoje três fazem parte de uma só realidade
Uma vida que agora gera outra
Um amor e um momento pleno de felicidade

Minha criança
O amor por ti já nasceu dentro de mim
Hoje a Deus agradeço por tua vinda
Aguardo ansiosa para te conhecer, te carregar
E mais tarde te ouvir me chamar de minha "dinda".

Vou ser madrinha pela primeira vez... hoje, pensando nela (ou nele, ainda não sei), resolvi escrever estas palavras para registrar este momento de felicidade... a chegada de uma criança que hoje está apenas com um mês.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Compreensão

Não sei quem escreveu, só sei que gostei:

"Uma vida longa raramente é suficiente para um homem e uma mulher compreenderem um ao outro, e ser compreendido é amar. O homem que compreende uma mulher está qualificado para compreender bem tudo."

domingo, 3 de agosto de 2008

Momentos...

Às vezes certos momentos que vivemos nos deixam sem saber para que serviram. Acontecimentos que, apesar de curtos, são intensos e se vão sem sequer mostrar para que vieram, parecendo que se não tivessem existido evitaria sentimentos que, hora, parecem tão desnecessários...
Então, diante desta incerteza, acabamos por querer saber se vale a pena viver algo assim, mas como já dizia um dos nossos grandes poetas - "Tudo vale a pena se a alma não é pequena".
São estes momentos que dão um "tempero" a mais a nossas vidas, são estes momentos que nos fornecem instantes que, mesmo tão passageiros, eternizam-se em nossos corações, com as mais belas lembranças do melhores momentos.
Antes, a beleza de um sonho e a esperança no futuro; depois, a decepção do sonho desfeito e a certeza do presente.
Então, passado o ápice de toda emoção vem o recomeço, trazendo à tona os mesmos sentimentos de outrora, despertando dores já esquecidas e, agora, renovadas pelas pequenas, mas valorosas diferenças.
E, diante dessas loucuras que, entre lágrimas e sorrisos, nos proporcionam momentos que não trocaríamos por nada, mesmo sabendo que evitaríamos dores, temos a certeza que, "se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi", como diz a canção.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Você

Meus pensamentos hoje são únicos
Voam léguas, passeiam no passado, imaginam o futuro
Algumas horas que marcaram
Um sorriso, um olhar, alguns beijos
E um sentimento nasce em meu peito
Mais um desatino da vida
Mais um golpe do destino
E eu, vivendo uma paixão
Protagonista de uma história sem razão

Agora meus dias são de saudade
De um momento apenas
Um instante de felicidade
Um sonho curto
Vivido com intensidade
Acabado com o amanhecer do dia
Antes do sol despertar a minha pequena e agitada cidade

Hoje já são dias passados
Ainda sinto-te por perto
Sinto teu cheiro, ouço tua voz
Teus olhos brilham no fechar dos meus
E pouco a pouco sinto um desejo feroz

Desejo de te ter novamente em meus braços
Alegrar-me com a tua presença
Refazer aquele sonho desfeito
E te amar uma vida inteira.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Música que é poesia...


Monalisa
Jorge Vercilo

É incrível
Nada desvia o destino
Hoje tudo faz sentido
E ainda há tanto a aprender
E a vida tão generosa comigo
Veio de amigo a amigo
Me apresentar a você
Paralisa com seu olhar
Monalisa
Seu quase rir ilumina
Tudo ao redor minha vida
Ai de mim, me conduza
Junto a você ou me usa
Pro seu prazer, me fascina
Deusa com ar de menina
Não se prenda
A sentimentos antigos
Tudo que se foi vivido
Me preparou pra você
Não se ofenda
Com meus amores de antes
Todos tornaram-se ponte
Pra que eu chegasse a você
Paralisa com seu olhar

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Hoje eu criei um blog!

Hoje eu decidi fazer um blog para mim!
Há muito tempo tenho pensado nisso, mas não sou de ficar horas sentada na frente do computador, por isso pensei que não adiantaria nada criar um se eu sabia que não ia conseguir mantê-lo atualizado. Mas percebi que eu tenho que seguir minha vocação... tenho necessidade de escrever! E estava sentindo muita falta disso. Desde que saí da faculdade e comecei a trabalhar não tenho escrito mais com tanta frequência. Não posso perder o costume.
Então cá estou eu criando o meu blog... não vou mentir, este não é o primeiro. Mas os outros não deram muito certo, foi na época da faculdade e hoje já nem sei que fim tiveram.
Mas vamos lá, não vou prometer atualizar todos os dias e sim sempre que eu puder. E não vou ficar aqui contando a minha vida, até por que eu acho que ela não interessa para ninguém. Vou escrever meus textos, meus sentimentos e pensamentos, em forma de prosa ou poesia. Vai depender do meu estado de espírito.
Espero que gostem de verdade!
Beijos