terça-feira, 24 de novembro de 2009

Vazio

Hoje eu queria escrever tanto e, no entanto, não encontro as palavras. Elas se perderam no vazio dos meus pensamentos, em sentimentos que não me agradam e não me trazem a liberdade que preciso para externar emoções, sensações ou aprendizados.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Qual é "a minha cara"?


Palavras que tentam explicar podem confundir mais ainda. Tentar se fazer entender em certas conversas, percebo, algumas vezes, não é uma tarefa muito fácil.

Ontem, em uma conversa espontânea, disse que os lugares tinham que ter “a minha cara”. Saiu assim, sem pensar. Não, não é o caso de colocar a minha foto em todas as paredes ou pendurar espelhos em todos os cantos. Eu quis dizer que preciso me identificar com o lugar. Mas, depois de dita a frase, eu mesma me perguntei: o que é preciso para que o lugar tenha “a minha cara”? Dúvidas ficaram não só com os ouvintes, mas, principalmente, comigo. E agora, como explicar?


Por exemplo, um lugar bonito tem “a minha cara”? Está bem, sou bonita, mas não é todo lugar que me identifico só porque é bonito. Confuso isso? Concordo. Então posso dizer que tenho bom gosto, assim lugares considerados de bom gosto combinam comigo, certo? Não, quais parâmetros utilizar para discernir um bom do mau gosto? Estranho, muito estranho. E se não for um lugar, for um vestido? Um vestido longo tem a minha cara? É, pode ter, mas gosto dos curtos também (se bem que nessa altura do campeonato nem sei mais se tenho o direito de usá-los). Os dois, então, têm a minha cara? Não, se for assim vão dizer que eu tenho duas caras! Ah não, parece coisa de gente mau caráter e isso, definitivamente, não é a minha cara.

Então, qual é “a minha cara”? Dúvidas... Acho que vou ficar com essa aqui mesmo que Deus me deu, bonita e simples. Hum, gostei... acho que essa é a resposta. Porém, sendo assim, eu terei que acrescentar mais alguns adjetivos: limpa, atraente, encantadora, clara, boa...

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Poesias


Um dos leitores deste espaço blogueiro perguntou-me como fazer poesias. Não havia pensado sobre isso ainda para responder esta questão, até porque eu não sei se posso considerar poéticos os meus textos. São sentimentos soltos, vividos ou imaginados, expostos em uma folha em branco, sem intenção alguma; apenas externados em um jogo de palavras que vão surgindo na mente de quem os sente. Sem regras.

É difícil explicar como acontece. Assim como é sempre difícil falar de sentimentos. Já estudei sobre as poesias, conheço as formas do soneto, mas não é a imposição de uma forma literária que me atrai na escrita. Não quero seguir à risca algum tipo de sonoridade, metragem, versos. Admiro muito quem as faz, sou fã de carteirinha de Vinícius de Morais e, por inúmeras vezes, li o famoso “Soneto de Fidelidade”.

Mas, aqui, as palavras saem sem pedir licença. Prefiro que seja assim. Rimas acontecem, mas são frutos de uma mente que, enquanto escreve, pensa mil coisas ao mesmo tempo e, muitas vezes, já conhece a frase final sem nem ter chegado ao meio. E assim nascem os textos, espontâneos, sinceros e encharcados de sentimentos. Como este que segue abaixo.


Amor Platônico

Saudade de um tempo que não existiu... ou existiu
Viveu nos pensamentos
Soltos no mundo da imaginação
Sorriu para a fantasia
E sobreviveu imantado de emoção

Sonhou a realização de um conto
Fez planos para um futuro distante
Plantou sentimento, apostou no presente
Viveu e sofreu cada instante de glória e solidão

Pedaço do meu caminho
Páginas escritas, lidas e relidas
Narrativa descrita em um meio particular
Pertencente ao mundo de paixões

Riso e pranto
Momentos e encantos
Sanidade ou desatino
Nasceu de um inusitado encontro
Morreu por força do destino