sábado, 25 de abril de 2009

Fuga sem razão

Para quê negar que eu penso em você
Do meu jeito, sem jeito
Por que fingir que não estou vivendo assim
Fugindo de mim, tentando me encontrar
Como desviar dos sonhos que chegam inesperados
E buscar sentido para ações antes não pensadas

Para quê procurar razão
E mentir que não torço pra rever, reviver você
Meu amado, amigo
Agora quanto mais eu fujo do meu pensamento
Mais eu te encontro em detalhes da vida
Esta vida que passa e quando a gente vê, passou

Por que não querer ver que nasce de um encontro
Uma história que ninguém conhece o enredo
Água que rega uma nova semente
Dando um teco de realidade ao sonho dessa tal felicidade

E agora, para quê temer a dor sem arriscar o futuro
E acabar por impedir aquilo que pode ser a eternidade
Para quê explicar o que não tem explicação
E ignorar o descompasso do meu coração
Não ver este brilho novo em meu olhar
Deixar o medo...
Ah, o medo... dominar
Temer perder antes mesmo de ganhar

Sei, posso um dia olhar para o lado e não ver você
Momentos que foram compartilhados, palavras ditas por dizer
Pertencentes a uma doce e frágil história de ilusão
Ou talvez aconteça e a vida me faça a surpresa de um amor sem fim
Não antes imaginado, nem feito de promessas não cumpridas

Então, para quê ponderar minhas atitudes, meus sentimentos
As consequências dos meus atos, bem ou mal, a mim farão
São frutos da busca dos riscos vividos sem razão
Os desejos do meu ser teimoso e inquieto, vividos do meu jeito
Catando carinhos e motivos pra fugir da solidão
No fim de tudo, a lição de um desafio aceito
E a certeza que nada, em momento algum, foi em vão.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Pensamento Solto

E mesmo que um dia eu fique em silêncio, este silêncio comunicará os sentimentos mais sinceros que existem dentro de mim; e a quem os pertencer, este silêncio será suficiente para me fazer entender.