sábado, 21 de março de 2009

Minha Estrela

Era uma noite sem luar. Enquanto eu viajava nas histórias dos meus pensamentos, olhei para o céu distraidamente. Uma estrela brilhava lá no alto. Uma estrela que brilhava forte, mesmo tão sozinha naquele céu escuro; mesmo sendo tão pequena. Concentrei meus olhos naquela luz distante e tive a leve impressão que ela também olhava para mim.

E, agora, parecia ter me enfeitiçado. Pensei, então, se mais alguém, em algum lugar do mundo, estaria olhando para ela ou se aquele momento era privilégio apenas meu. Olhei para os lados, ninguém a percebia. Sorri, sentindo a vitória de uma conquista, uma paquera bem sucedida.

Será possível alguém se apaixonar por uma estrela? Pensei. Elas ficam lá no alto, tão longe do mundo real. E por quê tenho a sensação que esta é especial? Já vi tantas outras, bem maiores, aparentemente tão mais encantadoras. Por quê esta?

Talvez seja este brilho diferente ou a maneira como ela consegue parecer estar ali, tão perto de mim, mesmo tão longe; Quem sabe seja a forma como ela parece me entender ou, melhor ainda, proteger-me.

Volto para casa. Meu pensamento é único. Um sentimento inexplicável, que eu tento entender, mas imediatamente percebo que vai além dos meus entendimentos. Magia? Encanto?

Antes de deitar, a vejo mais uma vez da janela do meu quarto. E deito com a sensação de ser observada. Durmo em paz.
Na noite seguinte, a procuro novamente no céu. E, agora, a procuro todos os dias. Necessidade de senti-la mais perto de mim.

Às vezes, uma nuvem impede o nosso reencontro.
Outras vezes, não a vejo sozinha, pontos de luz por todo lado a acompanham.
Porém, eu a reconheço. Pequena e brilhante. Como nunca. Como sempre.
Inconfundível.

Um comentário:

Bia Cards disse...

Rafa,
simplemente lindo...adorei o texto!!
Parabéns!!
beijos.
Bia