terça-feira, 17 de novembro de 2009

Qual é "a minha cara"?


Palavras que tentam explicar podem confundir mais ainda. Tentar se fazer entender em certas conversas, percebo, algumas vezes, não é uma tarefa muito fácil.

Ontem, em uma conversa espontânea, disse que os lugares tinham que ter “a minha cara”. Saiu assim, sem pensar. Não, não é o caso de colocar a minha foto em todas as paredes ou pendurar espelhos em todos os cantos. Eu quis dizer que preciso me identificar com o lugar. Mas, depois de dita a frase, eu mesma me perguntei: o que é preciso para que o lugar tenha “a minha cara”? Dúvidas ficaram não só com os ouvintes, mas, principalmente, comigo. E agora, como explicar?


Por exemplo, um lugar bonito tem “a minha cara”? Está bem, sou bonita, mas não é todo lugar que me identifico só porque é bonito. Confuso isso? Concordo. Então posso dizer que tenho bom gosto, assim lugares considerados de bom gosto combinam comigo, certo? Não, quais parâmetros utilizar para discernir um bom do mau gosto? Estranho, muito estranho. E se não for um lugar, for um vestido? Um vestido longo tem a minha cara? É, pode ter, mas gosto dos curtos também (se bem que nessa altura do campeonato nem sei mais se tenho o direito de usá-los). Os dois, então, têm a minha cara? Não, se for assim vão dizer que eu tenho duas caras! Ah não, parece coisa de gente mau caráter e isso, definitivamente, não é a minha cara.

Então, qual é “a minha cara”? Dúvidas... Acho que vou ficar com essa aqui mesmo que Deus me deu, bonita e simples. Hum, gostei... acho que essa é a resposta. Porém, sendo assim, eu terei que acrescentar mais alguns adjetivos: limpa, atraente, encantadora, clara, boa...

Um comentário:

Janaína disse...

Explicável: É que Narciso acha feio o que não é espelho!!!