quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Poesias


Um dos leitores deste espaço blogueiro perguntou-me como fazer poesias. Não havia pensado sobre isso ainda para responder esta questão, até porque eu não sei se posso considerar poéticos os meus textos. São sentimentos soltos, vividos ou imaginados, expostos em uma folha em branco, sem intenção alguma; apenas externados em um jogo de palavras que vão surgindo na mente de quem os sente. Sem regras.

É difícil explicar como acontece. Assim como é sempre difícil falar de sentimentos. Já estudei sobre as poesias, conheço as formas do soneto, mas não é a imposição de uma forma literária que me atrai na escrita. Não quero seguir à risca algum tipo de sonoridade, metragem, versos. Admiro muito quem as faz, sou fã de carteirinha de Vinícius de Morais e, por inúmeras vezes, li o famoso “Soneto de Fidelidade”.

Mas, aqui, as palavras saem sem pedir licença. Prefiro que seja assim. Rimas acontecem, mas são frutos de uma mente que, enquanto escreve, pensa mil coisas ao mesmo tempo e, muitas vezes, já conhece a frase final sem nem ter chegado ao meio. E assim nascem os textos, espontâneos, sinceros e encharcados de sentimentos. Como este que segue abaixo.


Amor Platônico

Saudade de um tempo que não existiu... ou existiu
Viveu nos pensamentos
Soltos no mundo da imaginação
Sorriu para a fantasia
E sobreviveu imantado de emoção

Sonhou a realização de um conto
Fez planos para um futuro distante
Plantou sentimento, apostou no presente
Viveu e sofreu cada instante de glória e solidão

Pedaço do meu caminho
Páginas escritas, lidas e relidas
Narrativa descrita em um meio particular
Pertencente ao mundo de paixões

Riso e pranto
Momentos e encantos
Sanidade ou desatino
Nasceu de um inusitado encontro
Morreu por força do destino

2 comentários:

Bueno Agostinho disse...

Pena que morreu! ={
Mas certamente existiu!
Eu sempre fico triste no fim... sou igual a todo mundo?
Tô vivendo algo assim mas muito degradado pelas minhas próprias atitudes, o que só complica mais o que já parece naturalmente uma insanidade!
Grato pelo seu texto livre e desinibido!
=***

Janaína disse...

Ser poeta é não ter medo de falar da vida. Bem mais que isso, é sentir. É despir-se diante de tantos espelhos. Amar a vida. Quem tem tanta paixão, tantos devaneios, candidate-se...