domingo, 13 de setembro de 2009

Formas de Paixão

Não há quem viva neste mundo sem nunca ter experimentado uma paixão. Homens e mulheres vivem, constantemente, a experiência de se apaixonar. Os primeiros quase nunca afirmam que já viveram ou vivem uma paixão. Enquanto as mulheres, em estado de êxtase, fazem questão de mostrar tamanha felicidade. Há quem diga que os homens agem assim para se proteger, enquanto que as mulheres se sentem protegidas justamente por mostrarem ao mundo que estão apaixonadas.

As pessoas apaixonadas, no entanto, podem chegar a dois extremos: a idolatria ou a violência. Os dois extremos são perigosos a todos que fazem parte de uma relação amorosa. Ambos são formas de exagero. A idolatria esconde no fundo uma fraqueza: a submissão. Já o crime passional reflete a cegueira que se apossa do apaixonado.

A fraqueza que envolve o apaixonado acaba o deixando com sensações negativas, com sintomas de baixo astral e não se permite gostar de outra pessoa. Desta maneira, se esconde atrás de um sentimento prejudicial e tudo que faz é em prol do outro.

Já, os que não enxergam mais nada em seu caminho não admitem perder, se agarram ao apaixonado e não permitem que alguém atrapalhe a relação. Passa a transformar a convivência em uma prisão que não há porteiras de saída e muito menos de entrada. Qualquer comportamento estranho do outro é motivo para ameaças, muitas vezes usando de declarações chantagiosas.

Porém, é preciso que se entenda que nem sempre a paixão é vista como algo trágico, já que para a maioria das pessoas ela não passa de um estágio ainda imaturo do amor. É aquele primeiro momento onde há aquela troca de olhares, os corações pulsam mais forte na presença do outro, as mãos geladas não conseguem ser disfarçadas e as palavras saem sem nenhuma ordem de coerência. Sintomas que desaparecem com o passar do tempo, com a convivência e a consolidação de um sentimento calmo e eterno.

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